Em um post anterior, discuti o papel da melatonina no sono. Ao focar nos MT6s, podemos estar focando na ponta do iceberg da melatonina.
Vemos níveis muito altos de MT6s na urina como resultado da síntese pineal e liberação de melatonina em resposta à estimulação escura.
A melatonina é liberada, cumpre seu papel como sedativo do sistema nervoso central, zera nossos relógios celulares e é então sulfatada e, em um grau muito menor, glucoronidada no fígado. A melatonina sulfatada então atinge os rins para eliminação. Embora importante para avaliar o ritmo circadiano, esse não é o fim da história da melatonina.
No trato gastrointestinal, a melatonina é sintetizada nas células enterocromafins que existem nos epitélios que revestem o lúmen e atua mais de maneira parácrina – afetando as células próximas.
A melatonina desempenha várias funções no intestino:
Ajuda a controlar as reações imunes
Regula a motilidade GI (reduz o tônus dos músculos GI)
Modula a inflamação local
Modera a sensação visceral
Pesquisas sugerem que o intestino produz níveis de melatonina 500 vezes mais altos do que o cérebro.
Por que não aparece na urina como MT6s? Acontece que a melatonina, em virtude de sua estrutura, pode neutralizar diretamente espécies oxidativas como radicais hidroxila, nitritos, peroxinitritos e peróxidos. Ao fazer isso, a melatonina desce por caminhos que mudam sua estrutura dependendo do que está reduzindo. Esses metabólitos, como N1-acetil-5-metoxiquinuramina (AMK) e N1-acetil-N2-formil-5-metoxiquinuramina (AFMK), podem representar um campo de estudo emergente para o desenvolvimento de uma maneira de avaliar a capacidade do corpo de lidar com a oxidação estresse e inflamação geral.
Portanto, vemos alguns níveis baixos de MT6s na urina durante o dia a partir de locais de produção de melatonina extrapineal que podem representar uma pequena porção do status de melatonina do corpo. Resta ver quais conclusões podemos tirar ao olhar apenas para os MT6s diurnos para mais do que o status de sono.
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